Prevenção combinada

O emprego de estratégias combinadas fortalece a prevenção da transmissão do HIV e das hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). O indivíduo pode escolher uma estratégia de prevenção ou usar várias formas de proteção juntas, dependendo do seu momento de vida e parcerias sexuais. Tendo informação as pessoas podem escolher o método preventivo mais adequado à sua realidade e às suas necessidades em diferentes momentos de sua vida.

 

O que saber sobre as formas de prevenção:

 

  • Camisinha: O uso da camisinha masculina, ou da feminina, e do gel lubrificante continua sendo uma importante estratégia para diminuição da infecção pelo HIV e outras IST. Priorize o uso do preservativo nas transas com parceiros(as) casuais. Nas relações estáveis, o ideal é que ambos façam o teste do HIV antes de deixar de usar o preservativo.

 

  • A PEP Sexual – profilaxia pós-exposição – é uma estratégia de prevenção que consiste no uso dos medicamentos contra o HIV, durante 28 dias, por indivíduos que se expuseram a risco de adquirir esta infecção por ter tido relações sexuais sem uso de preservativo. No caso de uma transa sem camisinha, onde você não sabe se a pessoa com quem você transou é HIV positivo ou não, você deve procurar um serviço de saúde o mais rápido possível, preferencialmente nas  primeiras horas após a relação de risco e no máximo até 72 horas depois. Lembrando que quanto mais cedo você começar a usar o remédio, mais proteção você terá.

 

  • A PrEP – Profilaxia Pré Exposição – é uma estratégia de prevenção que consiste no uso contínuo de medicamentos contra o HIV, para pessoas que se expõem com muita frequência a riscos de adquirir esta infecção. Consulte Disque DST/Aids – 0800162550 – para mais informações ou visite o site www.aids.gov.br/PrEP

 

  • I = I (Indetectável = Intransmissível): Os antirretrovirais, medicamentos para tratamento do HIV, são usados também com a finalidade de prevenção, visto que seu uso contínuo diminui a quantidade de vírus circulante no corpo do indivíduo. Muitas vezes a quantidade de vírus no sangue é tão pequena que se considera indetectável. Pessoas com carga viral indetectável há pelo menos seis meses e boa adesão ao tratamento tem um risco insignificante de transmitir o vírus pela via sexual.

 

  • Testar e tratar outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) é uma importante ação de prevenção para o HIV, pois o fato da pessoa ter qualquer IST aumenta a chance de se infectar caso entre em contato com o vírus.

 

  • Fazer o teste de HIV pode ser uma forma de prevenção: Se o seu teste for negativo, você pode discutir formas de se prevenir da infecção pelo HIV; se for positivo, você pode se prevenir para não receber novas cargas do HIV, pois isso seria prejudicial à sua saúde. O teste não evita a infecção pelo HIV, mas feito com certa frequência possibilita saber se você tem o vírus ou não, o que é importante para escolher que estratégias usar para se proteger e proteger seus(suas) parceiros(as).

 

  • A circuncisão é um ato cirúrgico para retirada do prepúcio (pele que recobre a cabeça do pênis). Estudos mostraram que a realização desta cirurgia diminui em torno de 60% a chance de o homem adquirir o HIV. Pode ser usada individualmente, e quanto mais precoce a cirurgia, maior a proteção que ela traz. Lembrando que a circuncisão é uma possibilidade de prevenção contra o HIV para a pessoa que fez a cirurgia e não para os parceiros(as). A circuncisão não é política pública no Brasil.